Relatório de Gestão – Março 2022

O investimento em ações nos EUA e na Europa gerou resultados negativos em março. Em reais (ajustado pelo dólar cupom limpo), o S&P 500 caiu 4,88%, o índice Nasdaq registrou queda de 4,41%, e o MSCI World caiu 6,23%. O dólar teve queda de 7,94% frente ao real.

Apesar de manter pelo menos 2/3 de seus ativos no exterior, o fundo Objetivo conseguiu fechar o mês sem perdas, registrando rentabilidade de 0,00%. Enquanto isso, o fundo Proativo teve ganho de 1,50% em março. O rendimento desses fundos veio principalmente das ações brasileiras e da renda fixa.

Neste momento, acreditamos haver chances para uma recuperação nos preços das ações nos EUA, assim como apostamos num desempenho robusto para as ações de utilities (serviços públicos) nos mercados desenvolvidos. Tal se justifica pelo início da fase contracionista na política monetária americana que gera sentimentos antagônicos. Há esperanças de uma rápida retomada na atividade econômica, mas também ameaças de uma longa e profunda recessão.

Muitas dúvidas também existem no mercado de renda fixa no Brasil. Até quando e com qual intensidade o Banco Central vai incrementar a taxa Selic? Investidores profissionais têm opiniões divididas sobre o momento mais adequado para trocar LFTs de curto prazo por NTNs de prazos mais longos. A elevada taxa de inflação nos mantém vigilantes e ainda conservadores neste tópico. Por isso, nossa exposição em renda fixa permaneceu, majoritariamente, em LFTs no fundo Proativo em março

No entanto, estamos otimistas sobre o desempenho das ações dos setores de energia, agribusiness e mineração no Brasil. A alta nos preços das commodities continua contribuindo para os bons resultados fiscais no Brasil e atrai fortemente o capital externo para a bolsa local que tem privilegiado esses setores.

Conclusão: o Brasil vive cenário benigno, e o mercado de ações americano pode zerar as perdas registradas no primeiro trimestre em pouco tempo. É hora de aumentar um pouco o apetite para o risco.