Relatório de Gestão – Fevereiro 2022

Estamos vivendo um novo boom nas commodities. Isso é muito interessante para o Brasil, que pode tanto ganhar na Balança Comercial, como também ter um alívio nas contas públicas. Neste sen­tido, já começamos a ver um substancial incremento na arrecadação de impostos gerados pelas empresas que produzem commodities.

O cenário, em princípio benigno para o Brasil, justifica a desvalorização em feve­reiro de -2,70% do dólar frente ao real. O Ibovespa fechou fevereiro com +0,89%, descolando-se de quase todo o planeta. No mesmo período, o índice MSCI World caiu -5,23% em reais, o Nasdaq perdeu -5,99%, e o S&P500 registrou -5,70% em reais.

O fundo Objetivo teve perda de -4,61% enquanto o Proativo registrou -1,39% em fevereiro. Tivemos como amortecedores do processo de queda os substanciais ganhos obtidos em nossa carteira de ações no Brasil e os sólidos rendimentos das LFTs no Proativo.

Mas até quando vai durar este boom nas commodities? Ele não guarda seme­lhança com aquele longo ciclo de alta das commodities da primeira década deste século quando a forte deman­da na China comandava o processo. No atual boom, um aceno para a paz entre a Rússia e seus adversários pode ser sufi­ciente para inverter a tendência nos pre­ços do petróleo, dos minerais e dos grãos.

Como ninguém pode garantir o momento desta futura reversão, mantemos a estraté­gia de diversificar entre diferentes classes de ativos. No entanto, fizemos mudanças importantes nos últimos dias: praticamen­te zeramos as ações europeias, aumenta­mos o percentual em ouro e focamos em ações defensivas e de energia. Na renda fixa, hoje preferimos a segurança das LFTs no Brasil e dos TIPs de curto prazo nos Es­tados Unidos.

Conclusão: o conflito pode ser longo, e está na hora de mantermos posições mais defensivas.